GAUTAMA BUDA

10-02-2018

Gautama terá nascido na Índia há cerca de dois mil e quinhentos anos (entre 520 e 480 a. C.), embora alguns eruditos situem esse acontecimento em tempos mais recuados. Pertencia a uma família real da tribo dos Shakya.  

HISTÓRIA DE VIDA

A sua vinda foi anunciada à sua mãe, a rainha Maya, através de sonhos auspiciosos e, após o seu nascimento, o asceta Devala veio saudá-lo e nele reconheceu os sinais do futuro Buda.

Para o prender à vida mundana, o pai de Siddharta Gautama proporcionava-lhe uma vida de luxo e de alegria, protegendo-o da visão da infelicidade humana. O encontro inesperado com a dor, sob a forma da doença, da velhice e da morte, iria, contudo, conduzi-lo a uma intensa procura espiritual, abandonando família, mulher e filho.

Esta procura levou-o aos rigorosos jejuns e a sofrimentos físicos. Todavia, ao constatar que toda essa mortificação não lhe trazia nenhuma resposta e que, pelo contrário, a debilidade física em que se encontrava o impediria de prosseguir, compreendeu que o verdadeiro caminho se encontrava algures no meio-termo, entre uma vida de austeridade extrema e uma busca contínua de prazeres. Siddharta atingiu a Iluminação sentado em meditação debaixo de uma figueira, em silêncio, durante quarenta e nove dias.

Pronunciou o ensinamento que "pôs em movimento a roda do Dharma" (a Lei) diante dos primeiros cinco discípulos, no parque das Corças, em Sarnath. Nesse discurso, proferiu o princípio das Quatro Nobres Verdades: a verdade da natureza do sofrimento, a verdade da origem do sofrimento, a verdade do cessar do sofrimento e a verdade do caminho que conduz ao cessar do sofrimento. De acordo com esta conceção, a infelicidade não surge como um fenómeno isolado, fruto do acaso ou do azar, integra-se sim, num sistema de causa-efeito. Para quebrar a cadeia infinda de atos negativos que geram infelicidade e originam ainda mais atos negativos, é necessário dissipar os véus da ignorância, que obscurecem a visão da natureza última da realidade.

Sobre a Verdade

A VERDADE

No Budismo, a Verdade é a sétima perfeição da Lei. 

É o fluxo cristalino da corrente da consciência iluminada. A verdade é liberdade. Ela liberta as almas da desgraça dos erros que elas muitas vezes comentem involuntariamente. 

Do livro Mensagens do Buda

 Se amais a verdade, devereis estar dispostos a desafiar a irrealidade. O discernimento e logo vos apercebereis claramente do que é e do que não é verdade. Para ser um pilar da verdade aqui e agora, colocai-vos no nexo do espírito e da matéria e iniciai um processo de auto-reflexão. Observais o funcionamento das vossas mentes e do vosso comportamento e admiti a correção e a incorreção de cada pensamento, de cada palavra e ato. (...).

A verdade é a perfeição do EU SOU O QUE EU SOU. É a compaixão sem limites dos bodhisattvas do Coração de Diamante. A verdade é a compreensão de uma alma penetrante que se esforça para alcançar a união com o Absoluto. (...).

Digo-vos: Acautelai-vos! Acautelai-vos com o ego auto-enganador que vos bombardeia com a sua irrealidade, pois deseja fazer-vos acreditar que as suas ilusões vêm de Deus. (...).

Examinai as declarações que fazeis. Escutai as vossas palavras. Eliminai os exageros, a imaginação, as conversas vãs e orgulhosas, calculadas para impressionar os outros. Tende cuidado quando contais pecados para provocar uma reação nos outros discípulos. Em vez disso, resolvei-os com misericórdia e perdão entre o círculo compreensivo dos amigos. (...).

Eu estou na chama da Realidade testemunhando a verdade das Eras."

EU SOU

Gautama de Shambhala